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Anotações sobre desenvolvimento de carreira

Instrutoras Alura

Introdução

Carreira: diferentes definições.

Chiavenato (2005): Carreira é uma sucessão ou sequência de cargos ocupados por uma pessoa ao longo de sua vida profissional.

  • mas também pode ser sua formação educacional ou na área em que atua.

Antigamente, as pessoas entravam numa empresa e passavam longos anos nela. Era motivo de orgulho, era tido como parte de sua vida. Gerações atuais prezam pelo equilíbrio entre o pessoal e o profissional, nem sempre se mantendo longos anos em uma mesma empresa. Ficar muitos anos em uma mesma empresa, fazendo a mesma coisa, já é visto como algo negativo no mercado: profissional que não cresce.

A carreira é responsabilidade do PROFISSIONAL, e não da empresa. A empresa pode estimular e apoiar o profissional, mas a carreira é a história da pessoa, ela quem deve planejar e trilhar, buscar formação, fazer um plano.

O que o mercado requer hoje:

  • pensamento não linear: análise de cenário e tomada de decisão mais rápida, são mais desafiadores.
  • novas formas de trabalho: interações mais globais e remotas
  • multidisciplinaridade: profissional que consegue lidar com diferentes pessoas e desenvolver diferentes habilidades, preparado para interações mais complexas.
  • diversidade e inclusão: em um mesmo time há pessoas com diferentes pensamentos e formações, o que é muito rico para a empresa.
  • qualificação contínua: para acompanhar o volume alto de mudanças
  • Soft Skills: competências comportamentais, aquilo que é socialmente esperado. É o que destaca o profissional. É uma das competências mais buscadas no mercado atualmente.
    • Hard Skills são competências técnicas, relativas à sua formação, profissão; ferramentas, teorias, bases científicas; mais facilmente desenvolvido do que o comportamental, pois o desenvolvimento do comportamental envolve mudança de atitude.

G1 - Levantamento Page Personnel: 9 em cada 10 profissionais são contratados pelo perfil técnico e demitidos pelo comportamental.

Mentalidade VUCA: conceito militar americano, define uma mentalidade capaz de lidar com cenários extremamente dinâmicos e voláteis, em momentos de pressão. É um termo muito mencionado nos cursos, podcasts e vídeos da Alura.

  • Volatility: mudança excessiva, constante. Necessário resiliência;

  • Uncertainty: incertezas do mercado. Necessário flexibilidade;

  • Complexity: complexidade de tarefas e projetos. Necessária multidisciplinaridade;

  • Ambiguity: Necessários preparo e coragem.

Motivação pessoal

C level: são o topo de uma empresa. CEO, CFO, CTO, etc.

Nem sempre um bom executor será um bom líder

  • mas é possível desenvolver as competências necessárias e se transformar em um líder. Mesmo assim, é necessário autoconhecimento para o profissional saber se é o caminho que deseja seguir.

Ser estratégico não é sinônimo de movimentação vertical: às vezes dar um passo para trás ou mudar de carreira é o que pode alavancar sua carreira. Estratégia é tudo aquilo que agrega em sua carreira.

Motivação, segundo Robbins (2005): processo responsável pela intensidade, direção e persistência dos esforços de uma pessoa para o alcance de determinada meta. O que nos impulsiona a um objetivo.

Teoria do Reforço: é uma abordagem behaviorista. O reforço condiciona comportamento. Um comportamento positivamente reforçado tem probabilidade de ser repetido.

Desafio das organizações: fator que motiva uma pessoa pode desmotivar outra. Ex: autonomia, necessário observar o comportamento de cada um, dar e receber feedback.

Traçar um objetivo traz clareza na direção a seguir, independente dos recursos empregados.

Nem todos começam na mesma linha de largada. Não se vitimize. Use a situação como mola propulsora. (palavras bonitas, mas na prática...)

Valores são coisas muito fortes em nós, o que defendemos como sendo uma grande verdade para nós mesmos.

  • condicionam sua motivação, que por sua vez, condiciona suas atitudes.

Valores somos nós que definimos: não tente replicar seus valores para o outro, nem tente se comparar ao outro. A história de cada um é diferente.

Descobrimos nossos valores por meio de um processo de autoconhecimento. Caso não consiga descobrir sozinho ou esteja com dificuldades, profissionais que podem ajudar são psicólogos e psiquiatras.

Teste Âncoras de Carreira para auxiliar num primeiro passo ao autoconhecimento.

Insatisfação no trabalho: Mude ou mude-se (give a chance or change).

Soft skills

Soft skills muito buscadas no mercado: um mix entre a pessoa conseguir lidar com desafios complexos, saber se adaptar às situações e saber se relacionar em equipe / cooperar.

Lista da instrutora: inteligência emocional, assertividade/persuasão/negociação, relacionamento interpessoal e colaboração, resiliência/flexibilidade/adaptabilidade, tomada de decisão, criatividade, visão estratégica (muito buscada hoje nos recrutamentos, nas avaliações de performance, nos treinamentos dos colaboradores).

  • Inteligência emocional: NÃO é controlar as emoções; é entender suas emoções e as melhores formas de agir quando tomado por uma emoção.

  • Assertividade/persuasão/negociação: livro "Como chegar ao SIM" - Fisher, R; Ury, W; Patton B. Assertividade é se expressar de maneira clara e objetiva, sem deixar de falar algo para não causar um desconforto (comportamento passivo) nem falar de um jeito que constranja os outros (comportamento agressivo).

  • Relacionamento interpessoal e colaboração: você não precisa ser o simpático, o popular, para se relacionar bem. Deve saber se posicionar, sem deixar de levar em consideração o ponto de vista do outro (assertividade com empatia). Saiba também entender seus pontos fortes para desempenhar um papel e poder complementar com os pontos de seus colegas, tudo em prol de objetivos comuns.

  • Resiliência/flexibilidade/adaptabilidade: resistir a fortes pressões, manter a qualidade das suas entregas, mas também saber se adaptar a novos cenários

    • Tudo muda: as pessoas trabalham mais hoje em dia, mas o tempo dedicado a uma empresa não é longo (4 a 5 anos)
  • Lifelong learning: tendência muito importante e obrigatória. Aprendizado contínuo, acompanhar a movimentação do mercado. A situação não será confortável para sempre, necessário se antecipar, observar as tendências. Também é expandir os horizontes: sair da sua área, ler sobre outros assuntos. Aprender a conhecer: ter uma cultura geral ampla, aliada ao estudo, em profundidade, de um número reduzido de assuntos.

  • Tomada de decisão. Alguns passos para te ajudar:

    1. Qual o impacto se NÃO decidir nada?

    2. Quais são as opções disponíveis e seus efeitos?

    3. Quais outras alternativas? Riscos vs benefícios?

    4. Quem será envolvido? Quem será impactado?

    5. Identificadas as pessoas, selecione cuidadosamente as que possam contribuir na tomada de decisão.

    6. Planejar: o que você não irá abrir mão? Crie cenários para as opções e avalie. Especifique os envolvidos e defina tarefas e prazos a cada um

    7. Execute o plano e avalie.

  • Criatividade: tanto excesso quanto ausência de rotina afetam a criatividade; necessário também intercalar momentos de foco com relaxamento para o cérebro não se estressar/conseguir fazer os registros.

  • Visão estratégica: conhecimento profundo da organização: o que você faz, o que a empresa faz, como a empresa está posicionada no mercado. Conhecer o mercado e antecipar tendências.

Talento e desenvolvimento

Outliers - Malcolm Gladwell: O esforço é superior ao talento. O esforço no caso requer 10.000 horas de prática para ser um Outlier - uma pessoa fora de série. (em resumo, esforce-se, corra atrás).

Descubra seus pontos fortes - Marcus Buckingham e Donald O. Clifton: foque seu desenvolvimento nos seus pontos fortes - focar nos pontos fracos faz você gastar um tempo enorme para ser mediano.

  • Não significa abandonar os pontos fracos, mas sim administrá-los para ficarem num mínimo em que não te prejudiquem e gastar mais seu tempo em se especializar naquilo que é bom - é o que te destaca.

Mudanças e transição de carreira

Reflita sobre sua vida: "Se você olha daqui para frente e o que parece ser o seu futuro não faz mais sentido para você, não tem mais haver com quem você é e o que você quer, mude a rota! Você nunca está velho demais para: aprender algo novo, fazer uma nova graduação, mudar de carreira e se arriscar. Você só precisa de disposição!"

Características globais para que pessoas se sintam bem onde trabalham:

  • 1º. Orgulho da empresa;

  • 2º. Ser tratado com igualdade e respeito;

  • 3º. Se sentir valorizado pelo trabalho que faz.

Grande parte das pessoas está insastifeita ou buscando algo diferente do que tem hoje: mudar de carreira/área/empresa.

  • No entanto, vale a reflexão: Será que não tem empresa boa, ou será que são os mesmos problemas? E às vezes acabamos sendo inocentes ou criando uma expectativa que não é real? Porque talvez eu esteja tão insatisfeito com o problema que eu tenho hoje na minha organização, mas aí eu mudo de empresa e me deparo com esse mesmo problema sobre uma outra forma.

Mais da metade das insatisfações são com relação a salário não condizente. Outros motivos muito comums: ambiente de trabalho, falta ou problema com a liderança, falta de desafios, baixa valorização.

Se tem interesse em mudar de emprego, faça uma tabela de ganhos x perdas para diferentes cenários: e se eu continuar na empresa, e se eu pedir promoção ou troca de função, e se eu for para outra empresa, e se eu mudar de profissão? Isso vai dar mais clareza para se decidir, será uma mudança planejada.

Caso a mudança se concretize, não feche portas, estando insatisfeito ou não: importante sair mantendo um bom relacionamento, networking e mostrando gratidão. Saia com uma postura positiva, encerrando um ciclo, deixando pontes. Você nunca sabe como será o amanhã; de repente pode um dia voltar a essa empresa ou se deparar com um colega de trabalho em outra empresa em que você está procurando vaga.

Feedback corretivo: nunca deve ser dado em público, a não ser quando o que gerou este feedback foi uma situação em público e que deve ser corrigida na frente dos envolvidos. O ideal é evitar constranger o colaborador, mesmo quando este gerou uma situação constrangedora.

Feedbacks informais: chamar para uma pausa para o café, em algum ambiente informal, uma conversa mais aberta e menos formal/oficial

Busca por um novo emprego:

O Linkedin é a rede mais popular de busca de empregos e de novas possibilidades de carreira. Maior parte das empresas, grandes e pequenas, fazem a busca por profissionais através do Linkedin, então faça um perfil e mantenha-o atualizado.

  • Perfil: seja franco, apresente suas competências e tente formatar um perfil atrativo (o próprio Linkedin oferece dicas de apresentação)

  • Não coloque no seu perfil todos os cursos que você já fez: foque naqueles de média/longa duração e que são relevantes para sua carreira ou para as vagas que você deseja. Facilite a vida do recrutador, pois ele nem sempre irá ter tempo de ver todo seu perfil, então busque apresentar informação relevante e de destaque.

Avalie sua posição perante a carreira/oportunidade que você busca:

  • O que o mercado pede para alguém na sua posição ou na sua área? Requisitos técnicos e comportamentais. Cursos, formação, certificação, idiomas.

  • Busque no mercado por referências de pessoas que estão na posição/área que você almeja. O que elas fizeram, o que sabem, o que compartilham no Linkedin?

  • Como está a oferta de profissionais na sua posição/área? Qual a faixa salarial e benefícios oferecidos? Quais são as tendências de mercado? Existe alguma tecnologia que está crescendo e que pode ser mais procurada no futuro? Quem sabe vale a pena tentar uma especialização nessa tecnologia para se destacar no mercado.

Faça análise SWOT (Strength, Weakenesses, Opportunities, Threats) para você mesmo. Descubra as fraquezas em que você precisa melhorar, pois podem se tornar uma ameaça na sua busca por um emprego ou na conquista de uma vaga. Verifique suas forças, aquelas que podem gerar oportunidades de empregos.

Quando as vagas surgirem, elas devem ser avaliadas, pois há um risco em você sair de uma empresa e ir para outra:

  • você atende aos requisitos daquela vaga?

  • O pacote de benefícios (fora do salário) é atrativo? Faça as contas, veja se irá se encaixar no seu perfil de vida.

  • "Stalkear" a empresa e seus líderes (como é o dia a dia, como a empresa se posiciona no mercado, seu perfil se encaixa nos valores da empresa?)

    • olhe o site do Glassdoor, que traz lista de empresas e depoimentos de pessoas que trabalharam lá. Conheça aonde você possivelmente está pisando.

Tendências de mercado

  • Setor da 3ª idade: em alta; população cada vez mais envelhecida;

  • Economia verde, sustentabilidade;

  • Mercado imobiliário em cidades menores: movimentação das pessoas de grandes cidades para cidades menores em busca de qualidade de vida, devido ao avanço do home office e do trabalho híbrido;

  • Tecnologia, setor sempre em alta (e em constante evolução);

  • Economia do bem-estar: procura por qualidade de vida, produtos, experiências.

Dicas adicionais

Importância do planejamento financeiro para uma transição de carreira, não somente como uma segurança para algum imprevisto durante a transição (como ficar desempregado ou sair do emprego atual enquanto ainda não conseguiu um novo emprego), mas também para poder se atualizar: será que você não precisar fazer algum curso, especialização, tirar um certificado, melhorar ou aprender um idioma? Quanto isso irá custar? Vai caber no seu orçamento?

Não delegue sua qualificação para a empresa. Seu desenvolvimento é algo pessoal. Pode até ser apoiado pela empresa, mas é VOCÊ o responsável pela sua carreira.

Se a grana estiver curta, busque online por conhecimento de fontes reconhecidas.

Se o problema for o investimento de tempo: reveja seu planejamento. Encontre janelas de tempo para investir em conhecimento. Aproveite tarefas rotineiras para ouvir podcasts que te trazem conhecimento ou te atualizem nas notícias.

  • Lembre-se: Lifelong Learning.

Networking: sua rede de contatos pode ser uma vantagem, mas também um bloqueio. Lembre-se de fazer um bom trabalho e criar um bom relacionamento com todos, pois as pessoas que não fazem um bom trabalho também são lembradas, de uma maneira negativa, e isso pode minar sua chance em alguma vaga.

  • Novamente: sempre deixe as portas abertas, ainda que esteja insatisfeito com a empresa atual.

  • Necessário se expor, para que as pessoas te notem. Mas não faça isso de maneira insistente/agressiva, para não ser visto como uma pessoa inconveniente.

  • Treine: observe as pessoas que se destacam de uma forma positiva na empresa: como elas interagem, quais assuntos abordam, como se posicionam (inclusive nas redes sociais)?

  • Seja ativo nas redes profissionais: crie conteúdo ou compartilhe conteúdo interessante com uma certa consistência. Também interaja, curta postagens interessantes. Engaje e gere engajamento. Isso é utilizado pelo algoritmo do Linkedin para destacar seu perfil na busca de vagas (mesmo na versão free).

  • Participe de curso e eventos e aproveite essas oportunidades para conhecer e conversar com as pessoas.

  • Faça um contato adequado com as pessoas: busque formas de contato de maneira a não constranger a pessoa nem incomodá-la.

  • Crie e cultive redes: não só Linkedin, mas também grupos de Whatsapp, fóruns, Discord. Não esqueça da parte de cultivar: mantenha uma constância e relevância.

Ferramentas que você pode utilizar se não souber direito que caminho seguir:

  • Coaching: são técnicas, ferramentas e um processo de fazer perguntas direcionadas para acelerar resultados, de modo a te levar de um ponto A até um ponto B, quando você não tem clareza de como atingir seus objetivos. O coach pode te direcionar, te ajudar a refletir, para que você encontre as respostas que precisa. No entanto, é necessário buscar por profissionais sérios e competentes, não aqueles que oferecem soluções milagrosas ou programas com nomes complicados.

  • Mentoria: é a tutoria de um profissional experiente em uma área, que irá aproveitar seu conhecimento acumulado de carreira e experiência para te ajudar na sua carreira. Por isso, no caso da mentoria, o importante é buscar alguém que possua experiência na área que você tem interesse. Diferente do coach, o mentor não irá te direcionar, mas sim mostrar o que ele fez e o que ele faria no seu caso, com base na experiência profissional e de vida que ele tem.

  • Ferramenta 5W2H: recomendado pela instrutora para criar um plano de ação para sua transição de carreira ou movimentação na carreira.

    • 5W: What, Why, Where, When, Who;

    • 2H: How, How much;

    • pode ser aplicado em uma planilha: quebre o objetivo em atividades e, para cada uma, crie e preencha as colunas com os 5W e os 2H.

Independente da ferramenta utilizada, é necessário um bom planejamento: detalhe seu objetivo (o que você quer, aonde quer chegar) e suas estratégias (o que precisa ser feito para atingir seu objetivo: o que precisa aprender, como irá aprender). Programe, com datas, locais, pessoas, como executar suas estratégias. Por fim, se comprometa com o plano: saia da zona de conforto, não desanime com os primeiros obstáculos, se desafie.

  • Técnica PDCA: muito utilizada para gestão de projetos, mas que também pode ser aplicada para um planejamento pessoal.

    • Plan: planejamento de ação (quando, onde, por que, como);

    • Do: execução do plano;

    • Check: parar e avaliar a execução do plano. Como estão os resultados, quais obstáculos apareceram, o que pode ser feito para melhorar o plano, o que deve ser alterado;

    • Act: agir quando o planejamento não esteja saindo conforme o esperado: não está sendo realizado da maneira correta, não está trazendo resultados esperados. Talvez seja necessário refazer o planejamento, ser mais realista.

  • É difícil. Necessário se desafiar. Nosso cérebro cria hábitos para poupar energia, então algo novo demanda mais energia e biologicamente pode criar uma trava mental, desconfortável. Necessário constância, paciência, resiliência.

  • Se o planejamento de longo prazo parece ser muito desafiador, se você percebe que pode te desestimular ao longo do tempo, tente objetivos menores, de curto prazo. Pequenas metas a serem alcançadas, com alguma recompensa prazerosa ao atingi-la. Condicionar a atividade para ao longo do tempo se tornar um hábito.

Dicas entrevista

Elevator Pitch: ser conciso em responder brevemente: qual problema você resolve, o que você faz, qual seu próximo passo de carreira, quem é você? Ele vai ser importante, por exemplo, nos casos em que você foi pego desprevenido, ou está agarrando uma oportunidade única, para que não "dê um branco" na mente.

  • Use palavras-chave (tecnologias, metodologias) que auxiliem o recrutador em saber "que dores você pode resolver" na empresa. Discurso que caiba em 3 minutos;

  • recrutadores estão treinados para verificar candidados que se prepararam para dar seu elevator pitch de forma clara e objetiva;

  • ter um discurso preparado não é para ter algo decorado para usar a todo momento;

  • fale sobre suas capacidades, não sobre sua vida. É duro ler isso, mas a verdade é: em uma entrevista "ninguém quer saber o sufoco que você passou para construir, começar ou terminar alguma coisa".

Novo normal em recrutamentos Tech: primeiro contato não é via telefone direto, muitas empresas agora fazem o primeiro contato via mensagem no WhatApp/LinkedIn/E-mail (comunicação assíncrona). Algumas empresas também utilizam chatbots para fazer uma triagem antes de um contato pessoal.

Pontualidade nas entrevistas: se for online, tente entrar 4/5 minutos antes da entrevista, para ter um contato inicial com o recrutador e também para resolver algum problema tecnológico com antecedência (ajustar o microfone, câmera, etc.)

Hoje as entrevistas podem ser mais formais (o que você gosta de assistir, qual ambiente se sente mais confortável, quais linguagens você prefere) e as perguntas estão mais voltadas a saber se seu estilo vai "dar matching" a cultura da empresa (o chamado "fit cultural").

Transformação digital é um processo de mudança na mentalidade das empresas, de entender que o mundo mudou, se modernizou, e que a empresa também precisa se modernizar, seja em seus processos de trabalho, na forma como atende aos clientes, em utilizar alguma tecnologia que melhore a produtividade e o alcance de clientes.

  • não é só marketing, não é só ter um número de whatsapp ou um site, é sobre incorporar a tecnologia nos processos de tomada de decisão. É uma mudança de cultura e também um investimento financeiro (que pode ser alto), então não é algo fácil de acontecer.

  • geração Z (nascidos a partir de 1994) são nativos digitais e cobrarão mais as mudanças digitais das empresas (seja para trabalho, seja para consumo dos produtos/serviços oferecidos).

Inteligência Emocional

Emoções são respostas psicológicas caracterizadas por sentimentos poderosos e efeitos físicos correspondentes; são nossa maneira de reagir a determinado acontecimento/experiência; está relacionada a uma ação (chorar diante de uma situação triste, arregalar os olhos ao se assustar, levantar os braços ao fazer um gol, etc.)

Tríade que compõe um pensamento: mente, comportamento e motivação.

Seis tipos de emoções: nojo, raiva, felicidade, tristeza, medo e surpresa. No entanto, outros estudos classificam 27 tipos de emoções, identificando nuances que levaram a abrir o leque (desejo, tédio, interesse, nostalgia, etc).

QI: Quociente de Inteligência, tem a ver com raciocínio lógico, capacidade de reter informações, pensar de forma abstrata e resolver desafios

QE: Quociente de inteligência Emocional, tem a ver com a capacidade de se relacionar com os outros. Por meio da inteligência emocional é possível aumentar o QE.

Inteligência emocional tem a ver com saber avaliar as emoções (suas e dos outros), gerenciar e controlar suas emoções em determinada situação, para manter relações saudáveis, tolerar frustações, ter um bom ambiente profissional.

  • não é esconder as emoções, é saber identificá-las e encontrar as melhores formas de lidar com ela, seja em relação a você mesmo como também em relação aos outros;

  • evitar os pensamentos negativos em situações de risco ou adversas: não pensar somente em tudo que pode dar errado, pois isso limita sua capacidade de agir;

  • em situações de muito estresse ou desespero, lembre-se:

    • respirar fundo, inspirando o ar pelo nariz e soltando pela boca lentamente;
    • mexa o corpo, balançando os braços e as pernas e alongando o pescoço para a direita e para a esquerda;
    • troque de ambiente e tente relaxar, contando de 60 até 0, de forma lenta e gradual, olhando para cima se possível.
  • Aprender a ler as expressões faciais das pessoas ajuda a reconhecer as emoções delas

    • O Corpo Fala (Pierre Weil & Roland Tompakow)

Controlar as emoções não é uma tarefa fácil, pois vai contra uma reação natural do corpo. É necessário treinamento. A meditação diária pode ser uma atividade que ajuda nesse processo. No entanto, não é algo fácil nem imediato, precisa de tempo e paciência.

  • Meditação: vivenciar um momento de silêncio.

  • Mindfullness: atenção plena. Vivenciar o presente, comemorar as conquistas, antes de passar para a próxima meta. Não jogar sempre a felicidade e o sucesso para o futuro, para o próximo passo. Saborear as conquistas e o presente.

Escrever um diário ajuda a externalizar as emoções e analisá-las. Escreva sobre o seu dia, eventos que te chamaram a atenção e qual foi a sua emoção. Você vai começar a perceber mais concretamente como são suas reações e o que pode ser feito para mudar.

Mandala Ikigai

(Iki=vida; Kai=expectativa)

Seu Ikigai (razão de vida) está no centro de quatro questionamentos:

  1. O que amo fazer?

    • O que gostava de fazer quando era criança? O que faria da vida se não precisasse de dinheiro?
  2. O que sei fazer bem?

    • No que você é bom? O que os outros valorizam em você? Pergunte aos amigos, familiares.
  3. O que posso ser pago para fazer?

    • Qual profissão você poderia exercer? Pelo que os outros te pagariam?
  4. O que o mundo precisa?

    • Qual sua missão na Terra? O que você pode fazer para tornar o mundo melhor, para ajudar alguém?

Comunicação assertiva

O mercado de trabalho precisa cada vez mais de pessoas que sabem trabalhar em equipe, se comunicar e resolver conflitos.

Habilidades técnicas são "facilmente" desenvolvidas por meio de treinamento. Habilidades comportamentais levam mais tempo e envolve interesses pessoais.

Comunicação:

  • Verbal: fala e escrita: necessidade de um bom vocabulário (hábito de leitura ajuda, tanto para expandir o vocabulário, quanto para ampliar seu conhecimento em diferentes assuntos);

  • Não verbal: gestos e postura, olhar;

  • Mista: mistura de ambos.

Cada tipo possui vantagens e estratégias diferentes para se comunicar (quem é seu ouvinte, nível de entendimento dele, que tipo de relação vocês possuem, idade; está se comunicando por e-mail, telefone, vídeo, pessoalmente; qual o objetivo da comunicação, passar uma informação, fazer um convite, responder a um cliente; urgência do assunto, fazer uma ligação, mandar um e-mail, procurar pessoalmente...).

Quando você fala baixo, pode demonstrar falta de segurança para a outra pessoa; ela pode não confiar no que você está falando.

Cuidado com a aparência: enquanto as pessoas não te conhecerem, elas irão te julgar pelo veem e sentem. Em menos de 90 segundos, as pessoas irão te julgar e construir uma primeira impressão.

  • roupa, cabelo, barba, higiene (quando presencial);

  • em épocas de home office, também é importante o cuidado com o ambiente que aparece na sua câmera;

  • um comportamento e aparência de desleixado pode levar as pessoas a pensarem que você também vai ser assim no ambiente de trabalho e no trabalho que você exerce.

Uma postura positiva também influencia na sua comunicação: seja agradável.

Pratique o contato visual: é uma habilidade que está sendo perdida.

  • olho no olho é uma forma de respeito, é seu reconhecimento de que a pessoa está presente.

Paul Ekman: teoria das microexpressões faciais.

  • 7 emoções universais demonstradas por microexpressões: alegria, tristeza, medo, raiva, aversão, desprezo, surpresa;

  • Série "Lie to Me".

Comunicação com gerações diferentes

É necessário conhecer as gerações para se ter empatia e adaptar seu estilo de comunicação.

Baby boomers (nascidos entre 40 e 50):

  • pessoas mais conservadoras;

  • respeito à hierarquia e estabilidade (financeira e em uma mesma empresa);

  • informações chegavam pelo rádio;

Geração X (60 a 80):

  • mais empreendedores (buscam independência);

  • influenciados pela TV;

  • ainda são tradicionais, mas menos conservadores (movimentos políticos e sociais);

  • tendem a tentar se adaptar ao mundo digital, apesar de terem mais dificuldade;

Geração Y (Millenials, 80 a 2000):

  • equilíbrio entre vida profissional e pessoal;

  • mais empreendedores ainda;

  • mais habituados ao mundo digital;

  • carga de informação de vários meios;

  • geração menos tradicional;

  • multitarefas, impaciência;

  • relacionamentos mais informais;

  • as coisas começaram a ser obtidas de maneira "mais fácil": famílias menores, espaço individual (quarto próprio, TV própria, roupas e utensílios próprios, menos reúso de coisas dos irmãos mais velhos), o que mudou as interações sociais, aumentou o distanciamento, diminuiu o compartilhamento de tempo e de um "espaço comum" na família.

Geração Z (Centenials, 2000 para cá):

  • nativos digitais (nasceram com a tecnologia e internet como algo que faz parte do cotidiano);

  • geração mais impaciente;

  • muita dificuldade de trabalho em grupo e relacionamento (interações cada vez mais online);

  • estão chegando ao mercado de trabalho, após vivenciar muitas crises políticas e econômicas.

Muitos valores estão sendo perdidos ao longo das gerações e da evolução da tecnologia: aumento do imediatismo, do individualismo, diminuição do relacionamento pessoal, cara a cara. Necessidade de reflexão e resgate desses valores para não virarmos uma máquina, não perdermos esse contato e empatia com o outro próximo de nós.

Razão e emoção

Com a evolução da IA, devemos investir mais em nossas habilidades comportamentais, que (ainda) não podem ser desenvolvidas pelas máquinas. São essas habilidades que podem garantir nossa empregabilidade.

Inteligência emocional é essencial para ser assertivo. Racional e emocional trabalham de forma integrada, então não é possível separá-las e fazer com que ajam de forma independente.

Emoções e sentimentos direcionam nossos comportamentos: precisamos nos treinar para compreender o sentimento que estamos tendo no momento e identificar qual emoção que gerou esse sentimento, para sabermos nos posicionar de uma forma adequada, alterar nosso comportamento. Isso ajuda a gerenciar a relações pessoais, profissionais e afetivas.

Como ser assertivo sem soar arrogante

A agressividade é anular o ponto de vista do outro, supervalorizando seu ponto de vista. A passividade é o contrário.

A assertividade é não anular nenhum ponto de vista: expor o seu ponto de vista e dar espaço para o ponto de vista do outro.

  • não é somente aceitar o ponto de vista do outro, mas sim entendê-lo, de modo a não causar constrangimento ao outro.

Sinais agressivos: tom de voz alterado; postura ameaçadora, superior; gosta do enfrentamento.

Sinais passivos: fala mais baixa, postura reservada, gestos discretos, tenta sempre agradar.

Sinais assertivos: tom de voz equilibrado, fala tranquila e confiante, mensagem clara e objetiva.

  • características não-verbais: expressão sincera, contato visual demonstrando interesse, gestos equilibrados, escuta ativa (entender os interesses do outro, o que ele está querendo transmitir);

  • Problemas que afetam a escuta ativa: tentar ler os pensamentos do outro, achar que há um interesse diferente do que está sendo dito; já tentar ensaiar a resposta sem ao menos o outro terminar de falar; pré-julgar o outro e durante sua fala tentar encontrar provas que confirmem seu pré-julgamento; devanear durante a fala do outro, perder o foco; pensar numa solução sobre o que o outro está falando (síndrome do especialista);

Dicas:

  • organize suas ideias antes de falar/se comunicar com outra pessoa;

  • seja preciso/objetivo: não fiquem dando voltas para falar o que precisa falar;

  • esteja aberto a críticas e feedback; após sua fala, você pode receber uma réplica, nem sempre positiva: aprenda a lidar e gerenciar sua emoção nessa hora.